terça-feira, 21 de setembro de 2010

Calço

Até quando? Pergunta que me corroe dia-a-dia. Vivo descalço em uma estrada 
cheia de espinhos e cacos de vidro pontiagudos.
Cada passo é amargo e ao sentir a planta dos meus pés machucados, vejo graça.
O calço que me trará alivio está ao meu alcance, basta o estender de minhas mãos. Quando calço as palavras, as minhas feridas são saradas e encontro alivio á minhas dores.
Simplesmente, por motivos irracionais e até mesmo de curiosidade, esqueço do que passei
e tiro o calço de meus pés, atirando-os longe, voltando a 
pisar no árduo e doloroso peso.
Por minha simples vontade sou submetido a chicotadas.
Quero e devo permanecer com o calço para chegar ao final do caminho com os pés sem alguma perfuração, pois irão exigir isso de mim.
Chegarei cansado, mas com os pés limpos, com gratificação pela insistência!

Desculpe

O que farei? Não sei se aguento mais. Meus membros tentam expressar revolta, mas não conseguem.
De fato a pior revolta é aquela que não se demonstra mas se esconde nos lugares escuros do coração para alimentar-se.
Vive assim, achando que tudo está normal, bem, que suas palavras não ferem, preocupando-se apenas com seu nariz. Tudo que Vai um dia volta, mas não te desejo isso, porque na tua companhia
 pude ver o quão doloroso é momentos de humilhação, por mais simples que fossem as expressões.
Sua falta de coragem para enfrentar os palavreados me irrita mais ainda.
Desculpe. Não consigo conter minhas palavras.
Perdoo-te, porque você é importante para mim e já faz parte da minha vida.
Espero que meu coração seja sarado das feridas que você 
deixou com pequenos atos.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ignorante

Como a minha falta de confiança na certeza faz inclinar-me.
A minha ignorância provoca prolongamento da minha dor. O amor que está sobre mim é tão grande que somente minha incredulidade mesmo para enganar-me.
Caminhando na rua com passos largos e acelerados, sinto no meu coração as consequencias disso.
No cotidiano tudo parece estar em rotina e quando sinto que há faiscas a acender labaredas,
sempre falta algum elemento para a combustão. Mas mesmo
nessas horas vejo que existe algo em mim que não me deixa morrer e que me faz
persistir, ir além. Algo associado a minha alma grita, anela constantemente por mudança.
Persistir no erro é burrice. O fato de eu já estar justificado não me dá o direito de permanecer no caminho para as consequencias, muito pelo contrario, devo ter insistência em 
permanecere pé.
Certamente palavras simples e objetivas, sem muitas justificações vindas diretamente da
sinceridade do meu coração, me daria um alivio
constante sem a ignorância da minha vontade.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mais alto

Como pode acontecer isso? Não quero, não posso, não preciso.
Da-me uma boa razão para que isso se cumpra com a minha concordância.
Confuso. Não sei mais o que esta acontecendo.
A disciplina e a ordem dos fatos estão desmoronando pouco a pouco.
Não posso permitir, tenho que persistir.
Sei que o socorro está aqui, bem perto de mim. Minha alma solta um grito constantemente.
Um grito silencioso cujo ninguém escuta.
Muitos não entendem a razão de eu insistir tanto assim.
 Eu sou o que a Verdade diz que sou. Não aceito mentiras do rebaixado por herança.
Estou cercado por trás e por diante, e a Verdade me guiará.
Eu quero ir além, mais alto.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Coisas

"Pequenas coisas mudam os traços do meu semblante. Coisas que sem fundamento e explicação provocam o abafamento do  ânimo.
Não consigo justificar tal sentimento. É como nunca estar satisfeito. Tudo está correto e normal, mas parece que sempre falta algo.
Chuva e moleza se associam ao estado da minha mente, que parece ter dificuldade de perceptar os acontecimentos.
Situações me fazem refletir pela manhã, onde pareço estar em repouso impercebivel.
A bipolaridade aguda que se encontra no meu ser, faz-me descontar idiotices em quem não merece.
O que me resta é buscar mansidão e alegria nos vivos rios, 
onde terei a certeza de encontrar algo transformador que faça valer a pena esses momentos perdidos pela instabilidade do momento.